Beatriz Bracher nasceu em São Paulo, em 1961. Formada em Letras, foi uma das editoras da revista de literatura e filosofia 34 Letras, e uma das fundadoras da Editora 34, onde trabalhou de 1992 a 2000. Com seu pai e Marta Garcia, fundou em 2019 a Chão editora, da qual é conselheira editorial. Publicou em 2002, pela editora 7Letras, o romance Azul e dura (reeditado pela Editora 34 em 2010), seguido de Não falei (2004), Antonio (2007), Anatomia do Paraíso (2015), e dos livros de contos Meu amor (2009) e Garimpo (2013), todos pela Editora 34. Escreveu com Sérgio Bianchi o argumento do filme Cronicamente inviável (2000) e o roteiro do longa-metragem Os inquilinos (2009), prêmio de melhor roteiro no Festival do Rio 2009. Com Karim Aïnouz escreveu o roteiro de seu filme O abismo prateado (2011). Meu amor recebeu o Prêmio Clarice Lispector, da Fundação Biblioteca Nacional, como melhor livro de contos de 2009. Garimpo venceu o Prêmio APCA na categoria Contos/Crônicas em 2013 e recebeu menção honrosa no Prêmio Casa de las Américas, de Cuba, em 2015. O romance Anatomia do Paraíso (2015) venceu o Prêmio Rio de Literatura e o Prêmio São Paulo de Literatura em 2016. Antonio foi publicado em espanhol (Caceres, Editorial Periférica), alemão (Berlim, Assoziation A), inglês (Nova York, New Directions) e italiano (Milão, Utopia). Não falei foi publicado em inglês (New Directions) e alemão (Assoziation A).
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Guerra — I é o primeiro romance de uma trilogia que se passa durante a Guerra do Paraguai (1864-1870).
Acompanhamos aqui o avanço do exército de Solano López sobre fortes e vilas em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, provocando a reação de Brasil, Argentina e Uruguai, unidos na Tríplice Aliança. Tudo é narrado pela voz de combatentes que deixaram seu testemunho em documentos, cartas, relatórios, memórias, diários — selecionados e rearranjados pela autora.
Neste romance, o leitor poderá ver a guerra de dentro, tanto por notáveis como o general Osório, o almirante Tamandaré, o engenheiro militar André Rebouças e o segundo-tenente Alfredo Taunay, quanto por desconhecidos da maior parte de nós, como o cirurgião-mor Xavier Azevedo, o tenente-coronel Albuquerque Bello, o cadete Dionísio Cerqueira e o voluntário da pátria Jakob Dick.
O calor, as noites gélidas, as moscas, o charco, a ventania, a fome, a coragem, o humor, os cavalos, a amizade, o horror e a morte são o assunto do livro. De longas marchas em cidades brasileiras, argentinas e uruguaias (o avanço sobre o Paraguai será descrito nos volumes seguintes) à fragilidade humana em um tempo sem antibióticos ou anestésicos. Das mulheres que acompanham seus maridos ao vagido de recém-nascidos na madrugada dos imensos acampamentos de tendas brancas esparramadas em planícies estrangeiras.
A guerra nas palavras e na gramática de quem a lutou, em nosso idioma, é o nosso rio: um romance brasileiro, escrito com fragmentos de combatentes brasileiros, onde, por não haver outros pontos de vista, vivemos o detalhe, o que está perto, o desconhecimento do todo — Guerra não explica a guerra, ele é a guerra em primeira pessoa.
Guerra é uma trilogia composta pelos romances:
1) Ofensiva paraguaia e reação aliada — novembro de 1864 a março de 1866;
2) Ofensiva aliada — abril de 1866 a dezembro de 1868;
3) Campanha da Cordilheira — janeiro de 1869 a março de 1870.
Pré-lançamento
Editora: Editora 34
Capa brochura, 536 páginas.
Categorias:
- Ficção / Histórico / Geral
- História / Militar / Geral
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